quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Quando "eu te amo" vira "bom dia"

Sim, eu sei que este blog é para fazer gozação de coisas absurdas e curiosas presentes no cotidiano, mas eu ando meio bloqueada para piadinhas (na verdade, eu ando bloqueada até para escrever algo legível, mas não custa tentar), então vamos falar sério, pimpolhos.

Andei observando atentamente as pessoas ao meu redor (leia-se "sou stalker e fucei alguns orkuts/fiquei analisando as atitudes de pessoas que convivem ou não comigo freqüentemente"), e tem certas coisas que me chamaram a atenção. É realmente bom se relacionar com pessoas que te agradam e que te compreendem, tanto que criamos um certo tipo de afeição por elas, um comportamento natural do ser humano. Mas o que acontece quando há apego demais nesses relacionamentos quando eles NEM começaram direito? Isso, meus queridos, é algo que chamo de "banalização do amor".

Podem me chamar de careta, cafona, desatualizada ou whatever you like, mas quando eu era mais nova, as pessoas não saíam dizendo "eu te amo" para alguém que elas conheciam há pouquíssimo tempo (sim, eu estou falando de um bate-papo de duas semanas, ou menos) e nem faziam previsões/juras de amizade/amor eterno. As relações duravam um tempo considerável e significavam alguma coisa de fato, isso sem contar que demorava um tempo para ser construída. Não estou dizendo que existe um manual com receitas de "como ter uma amizade verdadeira e dentro dos padrões", o que eu quero mostrar é que o amor ficou forçado, fácil, gratuito, banal. Depois de uma semana conversando com alguém (e detalhe: 90% do tempo a conversa rola só no MSN) naquela conversa padrão de "oi, tudo bem, novidades, o que tu curte?", eles já viram "parceiros(as) pra vida toda", "um(a) amigo(a) do ca****o" ou o mais comum, "meu best".



BÉÉÉST TE AMO GATAAA, NOIS SEMPRE AMIGA!!!!!!!!!!!



Isso sem mencionar os namoros. Algo que sempre foi sinônimo de um sentimento intenso e recíproco por alguém virou simplesmente status de perfis na Internet, acabando tão rápido quanto começaram. E eu aqui, revirando meu caderninho de notas mentais tentando ver onde estava marcado a data do dia em que eu parei no mundo enquanto ele continuou girando. Mas ainda o pior, na minha opinião, é explicar toda essa "evolução" para a sua mãe e convencê-la de que você NÃO faz parte dela e que concorda quando ela diz que "as coisas eram mais reais no tempo dela" (em vão porque, é claro, ela vai partir do princípio de que você se inclui nessa categoria de "adolescentes moderninhos" a partir do momento que você tem uma conta em algum site de relacionamentos). PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER, OLOLOLOLOLOLOOLOL D:

Bom, para terminar esse post extremamente entediante e irritantemente crítico, eu só gostaria de acentuar que eu não mando na vida de ninguém e que cada um vive a sua maneira, mas seria muito legal se as pessoas tomassem um pouco mais de cuidado com "tanto amor pra dar" (sem malícia, coleguinhas), pois lembrem-se: o mal não descansa (e mamãe acaba de exigir direitos autorais pela pseudo-frase de efeito), confiança leva um BOM TEMPO para ser conquistada e segundos para ser perdida, e são nas experiências do dia-a-dia que percebemos quem são aqueles que podemos chamar de amigos verdadeiros.


Anna Marie Haskel

9 comentários:

Pam :) disse...

Sim, concordo, assino embaixo.
Pelo amor, o que acontece com esse povo?!

Anônimo disse...

*fica de pé, aplaude, corre, volta e joga confetes*

Concordo completamente. Falou tudo.

Anônimo disse...

PALMAS, PALMAS, QUE ORGULHO EU TENHO DE VOCÊ, ANNA MARIE.
Ah, e eu te amo porque te conheço há dois anos praticamente e sei de tudo da tua vida, é.

Gabriela Neves disse...

amei esse texto amiga *-* já te amo *-* -n

Alice disse...

Anna Marie, eu te amo porque você roubou meu antigo nome AIM MIGS NOIS VAI SER BESTS 4EVER S2

Q.

Brinks mas, CARALEO QISO ADOREI.

Natie disse...

Mas ainda o pior, na minha opinião, é explicar toda essa "evolução" para a sua mãe e convencê-la de que você NÃO faz parte dela e que concorda quando ela diz que "as coisas eram mais reais no tempo dela" (em vão porque, é claro, ela vai partir do princípio de que você se inclui nessa categoria de "adolescentes moderninhos" a partir do momento que você tem uma conta em algum site de relacionamentos). [DOIZÍSSIM0!)
As vezes eu acho que minha mãe QUER que eu seja do tipo adolescente alienada. FATO.

mairafuligno disse...

achei o post super digno. *fica de pé, aplaude, corre, volta e joga confetes* [2]

Anônimo disse...

Ahazzou, bee. Por eu ter gostado tanto deste post, e ter achado tão.. verdadeiro, irei começar a frequentar mais esse blog. E digo mais, seu post me fez pensar bastante na vida, e na maneira como trato meus amigos; obrigada! :)

Camille de Holanda disse...

Preciso dizer que concordo com tudo, que você ahazou e não há mais nada a ser dito? *-*