quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sad, but true.

(agradecimentos especiais à esplêndida música da esplêndida banda Metallica, que dá nome a este post)

Um dia desses, fui questionada no orkut acerca de minha foto de profile. Questionada não, criticada é a palavra. Minha foto era algo simples, sério, seco. Perguntaram-me acerca daquilo e eu respondi simplesmente: 'É uma foto. Eu não tinha nada para fazer, então a tirei.' Em represália à anterior declaração, choveram críticas, dizendo que a foto não ficara boa e eu deveria arranjar algo útil para fazer. E sorrir em minhas fotos, sorrir um lindo sorriso...

O que quero dizer com o parágrafo anterior (sem mencionar que foi uma declaração meio gay alegrinha) é que, muitas vezes, deixamos transparecer algo que não é real, apenas por conformismo. Para agradar as pessoas à volta, e não a nós mesmos, entendem? Mas nós deveríamos estar satisfeitos com nossas próprias essências, pelo menos em tese. Por que a influência externa pesa tanto, como se a Mulher Melancia estivesse pendurada em nossas cabeças?

O mundo exige de nós que estejamos sempre felizes, lindos, extrovertidos e sorridentes, para todos, o tempo todo. Isso não soa um tanto quanto chato? Imagine, estar conformado o tempo todo, estar alegre e saltitante o tempo todo, como se o mundo fosse uma imensa Parada Gay festa de Carnaval? Impossível.

Primeiro, porque um sorriso eterno e fixo na cara é uma coisa meio falsa. Coisa de primeira-dama, sabe? Aquele sorrisinho plástico e amarelado no melhor estilo Eva Perón. Ela fazia, Netinho de Paula ainda faz. É como se tudo fosse o pagode na Cohab, bem em frente à lanchonete, no maior astral. Como se nunca houvesse momentos ruins, momentos em que você grita e sai xingando geral, chutando porta e cadeira, dando a louca.

Saibam, amiguinhos, que os momentos Amy Winehouse são os mais produtivos. Descarregar a raiva é algo importante. 'Oi, tudo bem?' Você não precisa responder, necessariamente, de um modo simpático a essa pergunta. Tipo, 'Olá, coleguinha, minha mãe teve overdose, meu pai saiu pro bar, meu irmão sumiu e meu peixinho dourado morreu, mas tá tudo maravilhoso, a vida é beeeeeeeeeeeeeeeela'. Às vezes, soltar aquele 'NÃO, TÁ TUDO UMA GRANDE BOSTA' ajuda, um pouco. Ajuda a desabafar, a descarregar. Sessão do descarrego, sabe? Se a pessoa for solidária, te pergunta o que foi e te ajuda a superar. Eu, pelo menos, sou assim. O que não vale é fingir um sorriso, quando, na verdade, você tem vontade de se auto-defenestrar. Se atirar pela janela.

Bem, quanto à minha foto, mencionada no início do post, não havia nada de mais. Eu simplesmente não curto sorrir em fotos. Minhas bochechas ficam enormes, e eu uso aparelho. Minha boca já é gigante aí aparecem aqueles dentões enormes. No melhor estilo castor. Poderiam até mudar meu nome para 'El Castor de Guerra'.

Até o príncipe da Cohab tem seus dias ruins.



I want to break free,

El Taco de Guerra.

2 comentários:

Pam :) disse...

Minha boca já é gigante aí aparecem aqueles dentões enormes, sabe? No melhor estilo castor. [2]

Também odeio tirar foto sorrindo, tenho poucas assim no meu orkut.

Alice disse...

I WANT TO BE FREEEE

q