segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Gostoso mesmo é o que faz mal

Estive meio adoentada esses dias, e isso me fez refletir sobre o quanto as pessoas contêm suas emoções, seus pensamentos e seus sentimentos em prol de comodidade, em detrimento de sua própria fidelidade ao que elas são. Ou não, né...

Err, o quê? Ok, eu explico.

Sofro de rinite e moro no Centro-Oeste, logo, meus resfriados e dores de garganta habituais são mais habituais do que o normal, principalmente em tempos de baixa umidade. Pois bem, quando estou assim, me fazem tomar um tal de extrato de própolis, um troço MUITO RUIM MESMO, um remédio DOS INFERNOS, sem brincadeira nenhuma. Tenho que pingar uma ou duas gotas desse diabo desse negócio, e ele provoca uma sensação horrível e dolorosa (atenção, masoquistas!) na garganta, como se ela estivesse ardendo em chamas. Aí, você começa a tossir sem parar, e, muitas vezes, perde o ar, de tão forte que a porcaria é. Depois, isso passa, mas aí, quando você engole saliva, parece que você engole um chumaço de cabelo, e aí você começa a tossir de novo, pra tentar expulsar o 'corpo estranho', e aí você tosse tanto, tanto, que começa a sentir uma dor maldita nas costas, parece até que suas costelas todas vão quebrar. Minha mãe diz que é bom, que corta a gripe que é uma beleza. Mas é a visão do apocalipse! Sinceramente, eu prefiro ficar uma semana catarrenta do que ter que passar por isso três vezes ao dia.

Outra idéia aplicável a esta filosofia é a da alimentação. Hoje em dia se fala muito sobre alimentação saudável, e blá, blá, blá. As pessoas passam o dia na feira procurando alimentos que tenham fibras, sais minerais, proteínas, e isso, e aquilo, e aquilo outro. Tudo para prolongarem suas vidas. Até aí, nada de errado. Mas o que muitas pessoas não percebem é que elas ficam tão absortas nessa idéia de 'oh, vou comer só coisas saudáveis, vou viver para sempre!' (minha mãe é uma delas, q) que se esquecem do prazer de se lambuzar com aquela deliciosa trufa de chocolate numa tarde de sexta-feira. Claro, você também não vai sair por aí se entupindo de McDonald's e o diabo a quatro pra virar um barril de petróleo, mas não precisa ir de um extremo a outro, também. Mas, me diga, como é possível aproveitar os anos adquiridos pela 'boa alimentação' sem o prazer das delícias gastronômicas, das tão queridas porcarias?

As pessoas do nosso tempo só se preocupam em acumular, guardar, trabalhar cada vez mais, para ter segurança e comodidade. Elas se esquecem, porém, do principal, e que é o motivo pelo qual estamos aqui: de se arriscar. Para quê ficar preso em algo para sempre, por quê não apostar uma ficha, por quê não mudar? É preciso vencer o medo e cometer certas loucuras de vez em quando, porque, senão, qual é a graça da vida? Para quê acumular tanto? Por que não aproveitar? Um dia você morre e deixa tudo de herança pra algum folgado, dica.

Não estabeleça limites para a busca da sua felicidade. Aproveite, se arrisque, se jogue, pelo menos uma vez. Mais do que um nariz catarrento ou um pneuzinho de gordura, isso é um projeto de vida. Pense nisso, ok?



(é, eu não achei um vídeo que tivesse a ver com o tema. Reflita.)

Aprendendo a dançar Furfles Feelings,

El Taco de Guerra.

3 comentários:

Alice disse...

pela primeira vez, na telev... no blog, eu achei que o post era da d, e não do taco, q

mas apóio, é

Anônimo disse...

Eu gosto de me alimentar de forma saudável, sim. Ou ao menos gosto de tentar...
Mas uma besteirinha aqui ou ali é que faz a graça da vida.

Anônimo disse...

Besteirinhas rullez x)