segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Deus está morto; Descartes também

Antes de começar este post, vamos definir o que é o infinito. Nas palavras de André Abujamra: "o infinito de pé são dois biscoitos, o infinito de pé, um número oito, o infinito de pé, dois planetas colados, o infinito deitado, um óculos quebrado."

O que o Abujamra, na minha opinião/interpretação, quis dizer com isso foi que o infinito, além de ser infinito, pode ser representado infinitas vezes na natureza e no nosso dia a dia. Ou seja, as coisas não podem ser definidas em um simples sim ou não, existem inúmeros "talvez" que devem ser sempre levados em conta. Isto nunca é aquilo, exatamente porque tem algo a mais.


Claro, existem alguns casos...
Jonas Brothers é uma MERDA e acabou.


Onde eu quero chegar: as pessoas encaram as coisas de forma bidimensional, sendo que isso é negar a própria existência.
Vamos atrelar isso a algo que foi, basicamente, o meu hobby no final de semana: fantasmas.



Ok, nem só fantasmas, mas outras entidades e tal.
Vamos começar falando que eu baixei um filme que tá nos TTs do Twitter faz uns dias: Paranormal Activity. O filme é, praticamente, a mesma coisa que A Bruxa De Blair só que dentro de casa. A mulher é atormentada por uma entidade - que no filme é chamada de demônio (segundo a doutrina cristã) e não fantasma - que a persegue por onde ela vá. O namorado, como todo bom americano metido a fodão, grava todos os acontecimentos com uma câmera, tentando resolver o problema - não me pergunte como, ele falha miseravelmente, por sinal. E o filme é bem ruim.

Outra coisa que me falaram neste final de semana foi que um menino que morreu aqui na cidade vai entrar na fila - sei lá um termo mais específico pra usar - para ser canonizado. O guri morreu quando tinha 10 anos. Aos 9 foi internado na Santa Casa e teve que amputar o braço. Sofreu por um ano e morreu, sem reclamar.
O túmulo dele é visitado por aquelas beatas que provavelmente você vê entrando nas Igrejas. Dizem as pessoas que o menino faz milagres e já curou diversas pessoas.

Ok, pausa.
Hammer time.

Sinceramente, me sinto um idiota, sendo que eu vou atacar um menino de 10 anos, sem um dos braços e MORTO, mas foda-se.
Por que as pessoas acreditam tanto em apenas uma coisa? Cadê o espírito filosófico da coisa? Sério, como alguém acredita em algo que é jogado na cara, sendo que não corre atrás, não lê mais sobre?

Uma breve explanação, não estou atacando a doutrina Cristã, Católica, sei lá, qualquer uma que acredite em entidades, santos, jogo do bicho, o que eu critico é a visão falha das pessoas. Veja bem, o filme é baseado em uma história real. Aham, tá, levando em conta que ela realmente seja real, por que a única explicação é o sobrenatural? Por que ninguém busca explicação em algo fora do paranormal? Não quero que este texto crie um ar cético, mas a existência humana carece de senso critico.

Quem disse que o guri é santo? Uma beata que é amiga da mãe da cachorra do fazendeiro de Birigui que foi curado de câncer depois de visitar o túmulo. Ok, só que acreditar nisso é negar todo o avanço científico, é negar que os médicos que trabalharam para a recuperação de nada influenciaram nela.

O que o guri deve passar, devido a essa atmosfera mística, é a sensação de bem estar, de certeza da salvação. Esses sentimentos existem em cada um de nós, apenas devemos procurá-los. Para os que realmente não conseguem achar, resta se apoiar em símbolos para que esses façam o trabalho sozinhos.

O guri merece virar santo? Pra mim, tanto faz.
A mulher tinha um demônio no pé? Sei lá.
O que importa é criticar. É duvidar de tudo, duvidar que este computador é um computador, que esta letra é uma letra, de tudo. Mas nunca devemos duvidar da nossa capacidade de pensar, pois se isso acontecer, não pensaremos mais e não existiremos.

Ainda bem que não temos algo que destrua o nosso lado critico.



Ah, oi TV.

P.S.: só postei pra tirar as teias de aranha do blog pras meninas.
CAPITÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO CAVERNNAAAAAAAAA,

K

5 comentários:

Rodolfo disse...

adorei!!!
post que diz totalmente a verdade,
ninguem quer saber o que é real e sim ficar preso em certas historias

Ann disse...

CAPITÃO CAVERNA OISADUASIDAOSIUDSAIODUA você é um escroto, K.
Mas é isso aí, eu concordo em partes.
e não vou dizer quais são porque tô com preguiça.
bjsmil.

Larissa Cordeiro disse...

Bem , pedindo licença pra comentar . rs' ...
Concordo com quase tudo que você disse, discordo quando diz que devemos duvidar de tudo , acho sim que as pessoas estão muito ligadas ao senso comum .. que alguns pontos deveriam ser QUESTIONADOS ao invés de só aceitos, mas dúvidar e criticar tudo não me parece plausível.
Beijinhoos'

H disse...

Disse isso no sentido de questionar, não de simplesmente não aceitar e ponto final, heh.

Anônimo disse...

Nossa, seu texto é FODA. Minhas amigas sempre me chamam de cetica porque eu to pouco me importando em relação as essas supertições, ou melhor criticando-as, mas se as pessoas não fossem nem um pouco ceticas, o mundo não seria redondo.