quinta-feira, 3 de setembro de 2009

'É som de preto, de favelado...'

Primeiro, a notícia:

PROJETO QUE ESTABELECE FUNK COMO PATRIMÔNIO CULTURAL É APROVADO

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou na terça-feira (1/9) o projeto que estabelece o Funk carioca como patrimônio cultural do estado.

O texto do projeto garante a livre manifestação e a proteção do movimento, além de prever punição contra formas de preconceito e discriminação.

O projeto é de autoria do deputado Marcelo Freixo (PSOL), com colaboração dos deputados Paulo Melo (PMDB) e Wagner Montes (PDT).


Beleza, reconheço que é importante respeitar todos os tipos de manifestações populares, mesmo que sejam, err, digamos, desse tipo. Mas patrimônio cultural do estado do Rio de Janeiro? WTF?

Ao tornar o funk um patrimônio cultural, está-se dizendo para o mundo: 'OLHA, GERAL AQUI DANÇA O PANCADÃO E REBOLA O POPOZÃO!'. Ao dar ao funk essa valorização extrema, cria-se uma generalização em torno do significado de 'cultura carioca'. É como se, ao chegar ao Rio de Janeiro, você fosse recebido por uma festa folclórica que é um enorme baile funk, numa espécia de Bumba-Meu-Boi ou Carimbó às avessas. É como se o Rio se tornasse um enorme e eterno baile funk, e nada mais existisse além de potrancas e Jhonatans-da-nova-geração. Uma idéia absurda, hã? Mas, em tese, é isso.

Calma, minha gente, é só a marca do fogão...

O funk foi, sem dúvida, um movimento de grande importância nos anos 60, com James Brown e outros ícones, que propiciava certa agitação política e enchia de orgulho as massas. É um estilo que entrou para a história. Mas e hoje em dia? O funk carioca trai suas origens. Ou agora é certo chamar de 'patrimônio cultural' uma feira da fruta de siliconadas com roupas mínimas se-se-se-sem calcinha?
SOMO PATRIMONIO MERMO FLWWWWWWWWWWWWW
'Patrimônio cultural' é isso? PATRIMÔNIO CULTURAL? Não sei se sou só eu, mas eu não consigo chamar a desvalorização da mulher, a vulgarização do sexo e o incentivo à erotização precoce como 'patrimônio cultural'. Foge ao meu entendimento, sabe. Não sei. Quem sabe não seja efeito do meu remédio pra labirintite (beijo, Vanusa!)?


Patrimônio cultural do estado do Rio de Janeiro.

Sim, eu sou carioca. E não, eu NÃO desço até o chão.

Boladona,

El Taco de Guerra.

9 comentários:

Lits disse...

Patrimônio nacional? Parece mais vergonha nacional. Brochante, é. Agora é a cena em que tento fugir do Brasil, tipo a Sol, da novela América.

Ivana Martins disse...

vergonha, muita vergonha do nosso país agora :X

Alice disse...

atravessar o deserto para morar nos Estados Unidos, QUEM VEM

Mas, sinceramente, não dava pra esperar outra coisa, uh? A mentalidade das pessoas por aqui é apertada demais pra enxergar qualquer coisa além do próprio umbigo - geralmente com um piercing de cinco centímetros sacudindo um strass vagabundo. :D


Ah, quando dominarmos o mundo.

bioifmt disse...

--' o fim do mundo esta proximo

Unknown disse...

Tenho extrema vergonha de ser carioca, era só o que faltava, funk ser patrimônio cultural. Estou tão cansada desse povo daqui, cara, tão sem cultura e bom gosto. Punição pra preconceito? Tudo bem, me prendam então, tô nem aí.

lara rothier! disse...

tudo bem, vergonha de ser carioca. que coisa ridícula meu Deus ¬¬

Bruna disse...

eles devem gostar de playssons e cocotas ¬¬'
afcu ningueeeem merece taanta falta de cultura.

Thiago Machado disse...

Infelizmente o que possui interesse hoje no mundo só apenas orgia...


p.s.:Te adoro El Taco de Guerra

Thiago Machado disse...

Infelizmente o que possui interesse hoje no mundo só apenas orgia...


p.s.:Te adoro El Taco de Guerra