What does it all mean?

Tenho me perguntado ultimamente até que ponto chega a influência da TV na mente dos jovens. É absurda a quantidade de pessoas que passam parte da sua noite assistindo a seres alienados desejosos de segundos de fama e um milhão de reais no bolso. Que se expor de tal maneira é o desejo de muitos, sabemos. Mas o que leva a milhões de pessoas perderem tempo torcendo para que alguém, e apenas esse alguém – não eu, não você, esse alguém – possa embolsar nada mais nada menos que um milhão de reais? Seria o interesse em saber o que alguém faz às escondidas do edredom? Ou a sua identificação com algumas das personagens – sim, personagens – criadas pela Rede Globo de Televisão? Ou até mesmo porque todos na sua classe assistem e quer poder comentar no outro dia o bafão absurdo que a fulana-de-tal disse sobre o fulano-de-pau? Não, eu não tenho a intenção de responder nenhuma das perguntas aqui expressas.

Já não é mais novidade que parte dos jovens não se preocupa com nada além de seu próprio topete de última geração bem-estar. O que significava felicidade hoje significa clichê, e toda a preocupação em manter apenas um padrão de vida estável desapareceu à medida que surgiram as multinacionais, os programas televisivos que visam despertar o interesse de seu querido telespectador e influências musicais de alta qualidade como High School Musical, Mc Créu e RBD.

Dar valor às pequenas coisas pra quê se eu sou pop?

Não adianta mais você ter um namorado que te ame. Você precisa de um Edward Cullen, porque ele mata e morre por você e tudo será vivido louca e intensamente. E, além de tudo, ele te diria coisas lindas e tem um super estilo. -n

Celular para ligar para a sua mãe? Que nada, this is so last week, honey! É CLARO que você simplesmente TEM QUE TER um celular igual ao da Vanessa Hudgens! Está super na moda! E faz de tudo. Tira foto, grava vídeos, tem mp3 player, viva-voz, TV ambulante e, como se não bastasse, depila a virilha perfeitamente bem!

E sabe aquela história de se apaixonar, casar e ter filhos? Isso não te pertence mais! O lance agora é beijar na boca e ser feliz daqui para frente, para sempre. Porque, claro, não tem nada mais digno que sair e pegar pelo menos dez em uma só noite. Afinal de contas, menos que isso significaria que você não está tão pop e ahazante, certo?

Errado.

Eu não sei o que aconteceu com a juventude e nem pretendo descobrir. Eu não sei se sou cafona ou chata demais (ou os dois, hm). Eu não sei se dizer isso vale mesmo a pena ou se eu estou apenas perdendo meu tempo – o que é bem provável. Mas o que eu sei é que não está certo. E mesmo que venham várias garotas me xingando por estar prezando por antigos valores ou ter citado High School Musical ironicamente eu não me importo. Só não acredito nessa história que inventaram de que para ser feliz é necessário ser popular, linda, desejada e totalmente por dentro das novidades. Não acredito nesse padrão que impuseram para atingir uma massa com mais facilidade. Eu sequer acredito que as pessoas sejam tão burras que não percebam o quanto estão sendo enganadas.

O que aconteceu é a pergunta que eu deixo e que ninguém vai pensar a respeito. Mas será que vale mesmo a pena seguir um padrão estipulado unicamente para ser bem sucedido? Será que ser você mesmo, aceitar as boas coisas que vierem para você, mesmo que não sejam as melhores, e reinventar a felicidade não basta?

Eu acredito na felicidade simples. E abraço essa causa.

Imagine all the people living for today.

Finalmente,

Anna Molly.